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Como a mente humana enfrenta os desafios impostos pelo ambiente? 

Por Joecio Donnellys*

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       
       
Desde o aparecimento dos primeiros hominídeos o gênero Homo tem lidado com uma variabilidade de desafios nas mais diferentes paisagens ao longo do globo. A busca por alimento (caça e coleta), abrigo, parceiros reprodutivos, entre outros formataram através das pressões evolutivas o modus operandi da espécie humana, especialmente as ações destes em respostas aos desafios ambientais. Hoje o ser humano, apesar de em sua grande maioria habitar os ambientes urbanizados e tecnológicos que facilitam o cumprimento das atividades diárias, ainda possuem resquícios dos mecanismos aprendidos durante o processo evolutivo os quais são acessados mediante a alguns estímulos.  

          Nesse ponto, a Etnobiologia Evolutiva (EE) é um campo recente da ciência onde busca-se entender como os processos evolutivos e ecológicos influenciaram e influenciam o nosso processo de percepção e conhecimento (processo cognitivo) e o comportamental frente aos ambientes nos quais estamos inseridos. Portanto, este campo apropria-se do modo pelo qual buscamos entender o mundo natural através das estruturas complexas da mente, aqui chamada de mente naturalista.

          Para entender mente humana diante dos desafios ambientais, a EE utiliza os conceitos de várias disciplinas científicas, como os da psicologia evolutiva. Um dos conceitos mais utilizados vindo da psicologia evolutiva é o de memória adaptativa, que afirma que a mente humana evoluiu a fim de priorizar informações específicas para o enfrentamento de ameaças vividas por nossos antepassados em um ambiente ancestral. Para mais informações sobre a memória adaptativa leia o texto “Como os seres humanos lembram informações para lidar com doenças?” (link no final do texto). 

       

 

 

 

 

 

       Para estudiosos da psicologia evolutiva as ideias a respeito do funcionamento da memória adaptativa ainda não são conclusivas. Para alguns a propensão da mente humana em favorecer certas informações foi em algum momento indispensável aos hominídeos para recordar informações sobre lugares de alimentação, ações de predadores e comportamento de parceiros (as quais estariam associadas a situações de riscos). Contudo, há estudiosos que defendem a ideia de que essa capacidade de recordar de informações importantes não está necessariamente ligada a ameaças de ambientes ancestrais, podendo ser observada em ambientes modernos e contextos culturais diferentes, além de funcionar de uma maneira hierárquica, priorizando algumas informações em detrimento de outras. 

           Por fim, acredita-se que a adaptação da memória em priorizar informações específicas pode ser inata na espécie humana, assim como também pode ser estimulada por algumas variáveis ambientais tais como: frequência de exposição a determinado fator de risco, história de vida, experiências passadas recentes, entre outros. 

 

O texto completo do artigo pode ser acessado  no seguinte link: https://link.springer.com/article/10.1007/s11692-020-09491-0

Texto: “Como os seres humanos lembram informações para lidar com doenças?”: https://www.divulgaetnobiologia.com/copia-uso-de-lenha-1

             2020

 

 

Theoretical Insights of Evolutionary Psychology: New Opportunities
for Studies in Evolutionary Ethnobiology. Evolutionary Biology

Joelson Moreno Brito de Moura; Risoneide Henriques da Silva; Washington Soares Ferreira Júnior; Taline Cristina da Silva; Ulysses Paulino de Albuquerque. 

*Joécio Sousa possui graduação em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal do Piauí (2013). Mestre em Biodiversidade e Conservação na Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade de Serra Talhada (UFRPE/UAST). Possui experiência com estudos ambientais, licenciamento ambiental, gerenciamento de resíduos sólidos, Planos de Saneamento Básico, com ferramenta de Sistema de Informação Geográfica, na elaboração de mapas de localização, modelagem de uso e cobertura da terra, índices de vegetação (NDVI). Foi estagiário na Superintendência de Meio Ambiente da Águas e Esgotos do Piauí-SA, AGESPISA. 

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1617178819319314

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